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domingo, 27 de novembro de 2011

HISTÓRIAS - LIÇÃO DE VIDA - 5

        Obra Divina!


        Pois é, Obra Divina. Este foi o título que prometi a uma irmã em Cristo; dar a esta história, construída pelos Espíritos Superiores, na vida desta irmã que, vivia chorando uma grande perda em sua vida.

       Precisamente no dia 26.11.11, lá pelas 10:10 horas aproximadamente; viajávamos dos Bairros de Lagoa Encantada e UR - 05,  no Ibura, Recife-PE, para o centro comercial do Recife. Era um sábado ensolarado. O ônibus transportava um número regular de passageiros, todos sentados, pouquíssimas pessoas viajavam em pé, nesta oportunidade.

        Comigo, viajava um filho adotivo de dois anos de idade, muito tagarela; o que chamou a atenção de uma passageira que, viajava ao meu lado, eu no corredor e ela na janela. Meu bebê chamava a atenção das pessoas; como já disse, ele é muito tagarela, fala muito, não para de falar. Fala com todos.
 
        A irmã, perguntou se o bebê era meu filho e bem baixinho, expliquei-lhe que aquele bebê era meu filho e que ele havia caído do céu, em meu colo.  Ela riu e me confidenciou que também, criava uma menina, um presente de Jesus e contou-me sua história;  como esta menina, que hoje conta com apenas dois meses de idade, chegou em sua vida.

        Minha irmã em Cristo, recém conhecida,  falou-me que trabalhava para uma família, cuidando de um senhor idoso e que após certo tempo de bons serviços prestados a esta família; de uma forma bem natural, o idoso veio a falecer.

        Com a morte do senhor idoso, faltou mão de obra para a irmã; a qual, havia sido contratada; apenas,  para cuidar do já referido idoso.  Muito natural a dispensa da irmã, em virtude de que já não havia mais necessidade dos seus serviços naquela casa; com todo respeito, por força do falecimento do já citado, senhor idoso.

        O tempo passou e a irmã não mais voltou aquela casa; da qual, sentia saudades; principalmente daquela família.

        A nossa irmã, de quando em quando, se pegava sentida e chateada, com a perda de um seu filho; o qual, na oportunidade do seu falecimento, contava com 16 (dezesseis) anos.  A morte foi repentina. Neste caso, nos parece que dói mais.  Quando o nosso ente querido já vem adoentado durante um certo tempo; nos parece que a família, os ente queridos,  de alguma forma, já  esperam por tal possibilidade; os familiares, por força do dia a dia, no trato com o enfermo;  nos parecem mais preparados para o fato; principalmente, quando se trata de uma pessoa de idade, um idoso.  Mas, quando a morte chega de forma repentina, de surpresa e nos leva uma criança, um adolescente; neste caso, a dor é bem maior.  É preciso muito equilíbrio, para superar o fato. Só com muita fé em Deus e resignação, para superar tamanha dor; e só pode avaliar tamanha dor, quem já passou por ela, quem enfrentou tal problema.

        A irmã sentia muito, a falta deste filho. Aceitava a perda do filho, como um chamamento divino ao seu filho; embora, talvez de forma antecipada. Era difícil aquela situação. Chorava,...  Conversava com Deus e pedia ajuda.

        Um belo dia, a irmã do caso em tela, viajava para determinado lugar.  Estava dentro de um ônibus. E ao levantar-se para descer, uma mulher segurou em seu braço; olhou para ela e lhe disse: "Minha irmã, Deus está enviando uma mensagem para você, neste momento.  Desde que você entrou no ônibus que Ele me pediu, para lhe dar esta mensagem.  Deus lhe diz que você sossegue. Você não perdeu nada. O que se foi está guardado.  Portanto, se aquiete.  Aguarde uma surpresa."  A irmã desceu do ônibus e ficou a refletir o teor da mensagem e o por que. Antes, ela nunca tinha visto aquela senhora.  Não a conhecia. Era a primeira vez que se encontravam. Mas, a partir de então, pairou-lhe uma grande alegria em seu coração, misturada quem sabe, por uma forte ansiedade. Pairando no ar, uma indagação:  "O que estaria por vir?"

     Certo dia, não aguentando mais a saudade dos familiares do idoso, para quem havia trabalhado; esta nossa irmã, resolveu ir visitá-los.  E foi.  Chegando lá, como sempre, tocou a  campainha e logo, foi atendida.

        A "Dona da Casa", viúva do falecido veio recebê-la e aos gritos falou para o interior da casa: "Fulana, chegou a mãe do seu filho". Dizendo isto, para a empregada da casa; a qual, estava grávida.

        A nossa irmanzinha que acabara de chegar naquela casa; ficou atônita; sem saber do que se tratava e entrou. Abraçou fortemente a ex-patroa, matando a saudade do ambiente e das pessoas que ali residem.

        Foi lhe apresentado uma garota que trabalhava na casa, na condição de doméstica; a qual, estava grávida e com dificuldade para ter o bebê e criá-lo.  A patroa, a dona da casa; sempre lhe dando esperanças de que, o nascimento do bebê não seria problema; pois, com certeza ela, a patroa, sabia a quem entregar o bebê, na hora certa.  Acredito que, por saber da perda do filho adolescente de 16 (dezesseis) anos e por haver sido um forte abalo, na vida de sua ex-empregada, é que, ela patroa, lembrou-se da sua ex-empregada, para doar-lhe aquele bebê. Seria uma maneira de consolá-la, de confortá-la, diante da perda do seu filho.  Com todo respeito, preenchendo aquele espaço vazio, com a presença do bebê, na vida da irmã. Ninguém, substitui ninguém. Mais, a presença do bebê, na vida da irmã.  Iria, preencher-lhe um tempo ocioso, ocupado com pensamentos voltados para a perda do filho.  Ela estaria ocupada durante todo o transcorrer do dia.  Assim, com todo respeito, não teria mais tempo, para mergulhar seus pensamentos no passado e voltar a sofrer a grande perda em sua vida.  O que poderia lavar-lhe até a uma depressão.

        A irmã ficou em êxtase, ela era só alegria.  De logo, concordou com a adoção, mas, de forma legal.  Não via a hora de voltar para casa e dá a boa notícia ao esposo, filhos e demais familiares.  O coração, o cérebro, pareciam que iriam explodir de tanta alegria,...  Após um certo tempo, a irmã foi para casa, contar a boa nova, ...

        Após uma reflexão, a irmã apesar da conversa que teve com a ex-patroa e com a mãe do bebê. ainda assim, parecia não acreditar, na adoção daquele bebê que estava por vir.   Tanto é que, não se dispôs a antecipar a compra do enxoval do bebê.  O tempo passou e chegava a hora do nascimento do esperado bebê e a irmã, titubeava, continuava na dúvida. Compro ou não compro,...

        De repente, a irmã teve uma intuição divina, orientando-a a ir comprar as pressas o enxoval do bebê.  E ela comprou.  Dois dias depois nasceu o bebê e conforme combinado e acertado, o bebê lhe foi entregue.  É uma linda menina.  Hoje, já conta com  dois meses de vida, está nos braços da nossa irmã; a qual, está legalizando a adoção. Pense numa felicidade!

        A bebê vai ser criada e educada, sabendo sobre suas origens, sobre sua mãe biológica,... Sem perder o contato com a mãe biológica, para sua melhor felicidade. Para que não haja revolta, decepção, constrangimentos e questionamentos no futuro. Como tantos outros casos que, do fato, tomamos conhecimento, quando foi negada a criança, a  informação dos pais biológicos.

        Perguntei a minha irmã qual a religião dela.  Ela me falou que era evangélica (protestante), esqueci a denominação; não importa, somos filhos de Deus.  Jesus não criou nemhuma religião.  Religião é "coisa" dos homens. Mas, são importantes na vida das pessoas; as religiões auxilia as pessoas no orai e vigia no dia a dia. As pessoas ficam mais próximas de Deus.

        Falei para minha irmã de viagem que, eu era, sou, espírita kardecista, praticante.  E que tudo aquilo que ela acabara de me narrar; fora combinado no mundo espiritual.  Nada existe por acaso.  Nada é por acaso. Tudo é uma providência divina. Deus atua, age de diversas formas. Utiliza como instrumentos, pessoas, animais; coisas que nem imaginamos. Para auxiliar a humanidade.  Esta ajuda, quanto ao seu recebimento, depende da nossa sitônia, da receptividade. De como nós estamos.  Se próximo do Cristo, pelo trabalho e pelo amor; ou se distante, pela ociosidade e pela maldade. Tudo, depende de nós.  É questão de merecimento.

        Pois bem, é possível.  É provável que aquele filho adolescente tenha reencarnado e voltado para os braços de sua mãe, através de uma terceira, de outra pessoa; que se quer ela conhecia.  Mas que, todas estas pessoas envolvidas, foram chamadas no plano espiritual e combinaram tudo com a Espiritualidade Superior.  Quando naquela oportunidade, no ônibus.  Uma senhora pegou na mão da irmã e lhe disse que, ela se aquietasse; pois, ela não havia perdido; mas sim, estava guardado.  Deus lhe dizia que, o espírito que, habitou o corpo de seu filho, estava vivo; pois a vida é eterna.  Morre o corpo carnal, mas, o espírito é eterno, continua vivo. E que ele estava guardado. Estava com Deus; participava no plano espiritual de cursos preparatórios, para reencarnar, nascer de novo, voltar a terra, para conviver com sua amada mãe, de outras jornadas.  Iria reencarnar para cumprir com um projeto evolutivo, para o seu melhor progresso moral; pois, esta é a razão, o motivo de nascermos ou reencarnarmos aqui na terra ou em outros planetas.  É buscar a nossa evolução moral. Cresceremos a medida que respeitamos e auxiliamos a humanidade em suas dificuldades.

        Todos os dias, enquanto dormimos, enquanto o corpo carnal repousa, através do sono.  O nosso eu, espiritual se desdobra. Liberta-se do corpo carnal e segue caminhando, presente; onde quer que esteja seus pensamentos, seus sentimentos, suas práticas, durante o dia.  Quem é de Deus e tem atividades religiosas, atividades profissionais idôneas, equilibrada. Amizades descentes,... Segue pela noite madrugada, em espírito, para o seio dos irmãos espirituais, em busca de ensinamentos, de dicas, sobre como enfrentar os problemas que se aproximam em suas caminhadas,...  Outros porém, que vivem na ociosidade, na marginalidade,... irão se encontrar com seus parceiros de jornadas, espíritos afins no ódio, na maldade, ...

        Isto ocorre com todos nós, todos os dias.  Estes fatos, ao acordarmos; as vezes, nos vem pequenas e vagas lembranças, o que nós as vezes chamamos de sonho.  Não é sonho, o que nos chega na lembrança são fatos, ocorridos durante o dia, ou algumas preocupações, ou nossa presença e atividade no mundo espiritual.

      Portanto, em algumas noites madrugadas, enquanto a irmã, o esposo da nossa irmã, a ex-patroa , e a empregada doméstica dormiam, foram chamados em espíritos para conciliarem, se prepararem para esta jornada do falecido filho da irmã. Este filho falecido, em espírito, também participou deste projeto. Claro, principalmente ele que iria reencarnar e fazer parte das vidas destas pessoas, de alguma forma.  Tudo isto é provável, sobre a luz da doutrina espírita.  Sendo assim, o adolescente de dezesseis anos, falecido, voltou para os seus pais, na condição de uma bebê,  desta menina de dois meses de vida. Houve uma reencarnação.  Lembro as pessoas de que, nós enquanto espírito, não temos sexo. O sexo é definido quando da reencarnação, de acordo com a necessidade do projeto de vida de cada pessoa.  O instrumento sexual tem por finalidade a reprodução da espécie.

        Concluindo, quero deixar claro que, todas as religiões são importantes para a humanidade. A maneira que as pessoas participam e seguem as pegadas de Jesus, com equilíbrio, dignidade, amor e muito trabalho.

        Prometi a esta minha irmã que escreveria sua história neste blogue; onde todas as obras aqui inseridas, um dia, farão parte de um livro, uma obra que terá por título:  RETALHOS DE SABEDORIA - O QUE A HUMANIDADE PRECISA SABER!

        Aqui está irmanzinha, sua história que o mundo precisa saber e tê-la como exemplo.  A irmã mesmo diante da dor, lutou com dignidade, com resignação, com equilíbrio.  Enquanto no silêncio, Deus atuava em sua vida, preparando o retorno do seu filho.  Que sigam em paz.  Felicidades!

        Muita Paz!

        E. Valentin

        Edivaldovalentin59@hotmail.com



     

   

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