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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A HISTÓRIA ( VIDA ) DE CADA UM ( PESSOA ) ! O PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS !







              
               Teve uma época em que, éramos 12 (doze) irmãos.  Todos, filhos de Dona Teta e "Seu" Aluízio.  Nascemos no Bairro do Pina - Recife-PE. Meu Pai nasceu em 1.904 e minha Mãe nasceu em 1.914.  Ele faleceu em 1.969, quando eu tinha apenas 16 (dezesseis) anos de idade.  Minha Mãe, esta, faleceu em 1.981. Nesta época, preparava uma festa para mim, em face da conclusão do Curso de Direito.  O que aconteceu no segundo semestre de 1.982.


              Meu Pai era mestre de obra na construção civil.  Minha Mãe, Dona de casa, cuidava do lar, dos filhos, ...  Família pobre, sobrevivia com equilíbrio e dignidade.  Minha família era respeitada pela comunidade.   Éramos felizes, ....


              Eu, Edivaldo Valentin da Silva, era o fim de rama da família.  O caçula. Seis homens e seis mulheres, além dos nossos Pais.  Eu me dava bem com todos os meus irmãos. Jamais tive divergência e ou atrito, confusão, briga, com qualquer um deles, ...  Alguns deles, os mais velhos até me paparicavam nos afetos, carinhos,  atenção, ... A vida seguia, ...  Alguns casaram-se e constituíram suas famílias, indo morar nas proximidades, ...




               Entre meus irmãos, havia um que era militar da Aeronáutica, Sargento aviador.  Houve a intervenção militar no Governo Federal do Brasil, precisamente em 1.964 e algumas autoridades constituídas, aproveitaram o ensejo para cometer atrocidades, desmandos, ...  Pois bem, nunca tomei conhecimento do motivo; mas, este meu irmão que era militar da Aeronáutica, foi desligado e saiu da Aeronáutica, sem nada receber a título de indenização.  Ingressou em Juízo com uma ação de reparação, quanto a seu desligamento, demissão injusta.




              Enquanto aguardava a decisão judicial, fez alguns concursos públicos e foi aprovado em um deles; ou seja, no concurso para Fiscal de Renda da Fazenda Estadual de Pernambuco.  Foi nomeado e tomou posse e por lá permaneceu por vários anos, ...




               Meu irmão ganhou a questão na Justiça.  A Sentença de Mérito, determinava sua reincorporação na Aeronáutica e o pagamento dos salários, corrigidos de todo o período em que esteve afastado; bem como, que fosse aplicada em favor do meu irmão, todas as vantagens, inclusive, promoção ocorridas em favor do meu irmão, durante o período em que esteve afastado de forma injusta, ...   As expectativas apresentavam um futuro financeiro, muito bom em favor do meu irmão, ...  Seria pago, mais de 20 (vinte) anos de salários corrigidos ... 




               Ocorre que, a nação ainda vivia uma fase de Governo militar e não sei porque, o advogado que patrocinava a causa do meu irmão, não executou a Sentença de Mérito, ...  O processo ficou parado, ...  E até então, meu irmão nada recebeu; bem como, as vantagens ali consignadas, ...




               Este meu irmão, possuía um barzinho, em um local bastante movimentado; principalmente durante a noite; porém, era mal administrado e ele fechou o bar.   Na oportunidade, eu já havia me formado, era advogado; mas sobrevivia em cima de incertezas, financeiramente falando.  Então resolvi falar com este meu irmão, para alugar o dito barzinho,  já que estava fechado...  E Ele me alugou.  O Barzinho era aberto vinte e quatro horas por dia.  Eu trabalhava como advogado durante o dia. Sendo que a noite, trabalhava no Bar.  "Coisa de louco".  Mas, ...




             Nesta época, Eu, juntamente com um amigo advogado, resolvemos executar o Governo Federal, na ação proposta por meu irmão, em razão do seu desligamento da Aeronáutica. Tivemos certa dificuldade; pois, a legislação que havia criado a correção monetária, os JCM, era recente e não havia acessibilidade a estas informações, como hoje em nossos dias, ...  Isto ocorreu na década de 70/80 ...




           Buscamos as informações sobre a legislação monetária e as conseguimos.  Após, tínhamos que ter alguém para fazer os cálculos e corrigir.  Um perito, ....  O fizemos, ...  E executamos o Governo Federal, ...  Meu irmão voltou as suas atividades militares.  Entrou de licença prêmio na Fazenda Estadual e "botou farda novamente".  Agora, era aguardar om recebimento da "fortuna".  Sim, era mais de vinte anos de salários retidos corrigidos que Ele iria receber, ....   Ficaria "rico", ....   KKKKKK ...




            Neste período do aguardo para Ele receber o dinheiro.  Eu estava com o Barzinho em plena atividade; o qual, havia alugado dele.  Era o mês de dezembro, o mês mais difícil para quem é trabalhador autônomo; inclusive, para os advogados que trabalham por conta própria.  Surpreendentemente, meu irmão solicitou o Barzinho de volta.  Quebrou o contrato verbal que havíamos "feito".  Ele já estava em uma boa.  Recebia o salário da Fazenda Estadual; bem como, da Aeronáutica.  Até então, não havia pago nada a mim e ou ao meu amigo advogado; com o qual, fiz uma parceria para executar o Governo Federal, em favor do meu irmão.




         Pois bem.  Devolvi o imóvel.  Contudo, eu havia feito certo investimento.  O imóvel estava valorizado. Era justo que meu irmão, pelo menos, me devolvesse este dinheiro.  Mesmo porque, eu estava precisando, era dezembro, ...




        Devolvi o imóvel e fiquei no aguardo da devolução do dinheiro investido, ...  Os alugueis estavam em dias ...  Não conseguia mais me encontrar com meu irmão; portanto, deixava recado para Ele, através de uma nossa irmã, ...  Ele sumiu.




       Exatamente, na véspera de Natal.  Me encontrava na casa desta minha irmã; a qual, sempre tive como uma segunda Mãe para mim.  Tudo meu, era com Ela. Era meu xodó.  Estava sentado na sala, quando este meu irmão lá da rua, na porta da casa da minha irmã.  Gritou um recado para Ela, minha irmã, me repassar.  Era um recado desaforado.  Eu me levantei e disse para Ele que eu estava ali, ... Que o recado estava dado.  E retruquei o posicionamento dele. Ele adentrou a casa, foi até onde eu estava, na sala, disse alguns desaforos e me esmurrou, ... Eu estava sentado em uma poltrona.  Levei o primeiro murro.   Tentei me levantar e Ele me deu o segundo murro.  Cai sentado de novo na poltrona. Coloquei os braços no rosto, para me defender e levantei indo pra cima Dele.  Mas, sem esperar, minha irmã me empurrou e cai do outro lado da sala, bati em uma porta que tinha uma parte de vidro.  Este quebrou e cortou meu braço, na altura do cotovelo, ...   Sangue para todo lado.  Um outro irmão meu, o mais velho, estava na sala e partiu para cima do irmão agressor, este, rapidamente sacou uma arma.  Um revolver e todos ficaram paralisados, enquanto eu me esvaía (perdia) em sangue, ...  Lembrei-me que Ele iria receber o dinheiro da Aeronáutica, naqueles dias, ...  E disse para Ele:  "Qual é seu problema.  Está querendo arranjar problema comigo, para não me pagar, pelos serviços jurídico que lhe prestei ?"    E incrivelmente, Ele confirmou que não me pagaria nada.


        Chateado, humilhado, ferido moral e material, ....  Véspera de Natal.  Agora, teria que procurar um hospital. Para costurar meu braço.   Após este incidente, Ele tentou me dar o dinheiro do taxi e eu o dispensei, Ele e o dinheiro Dele.  Fui embora para o hospital, ...  Era Noite de Natal, ...




       Após este incidente.  Meu irmão recebeu uma fortuna.  E mudou sua vida.  Comprou carros, moto, imóveis, ...  Não me pagou os honorários advocatícios.  Nem a mim e nem ao meu amigo advogado.  Fiquei por demais chateado; pois, até hoje, não sei se meu amigo advogado, acreditou em mim; ou ficou achando que eu dei um golpe Nele.




       Este caso, entrou para o meu curriculum na prática da advocacia.  Eu já levei muitos "trambiques" de clientes; os quais, após resolvidos os seus problemas desapareceram e não me pagaram.  Mas, receber uma surra material e moral, pela contraprestação dos serviços jurídicos, ...  Esta foi demais.   Eu só fiz o bem ao "Cara" , meu irmão e este, me bateu de uma forma covarde, injusta, ...




      Disse Jesus que, devemos pagar o mal com o bem; porém, este meu irmão pagou o bem com o mal.  Agredindo fisicamente quem lhe havia feito o bem.  Seu protetor, bem feitor.  Mas, eu o perdoei ....  Sobrevivi sem aquele dinheiro.  Que muito me seria útil, naquela oportunidade.




         A vida segue, ....  E ela seguiu.  Meu irmão após algumas bebedeiras, ficava bêbado e gostava de atirar para o alto, incomodando a comunidade.  Não gozava do carinho e do amor, da maioria das pessoas da comunidade, ...    É certo que, algumas pessoas não gostavam Dele.




       Meu irmão, possuía um mine-mercadinho.  O qual, funcionava na parte térrea de uma casa primeiro andar.  E residia no primeiro andar.  Certo dia.  Tendo passado da hora de meu irmão abrir o mercadinho; uma das minhas irmães, resolveu averiguar.  E para surpresa de todos, meu irmão foi encontrado "entre a vida e a morte".  Deram uma surra Nele, durante a noite madrugada.  Ele foi encontrado em estado de coma.  Foi internado e veio a óbito.  O que se contou, após certo tempo é que, naquela noite madrugada.  Uma garota foi ter com ele e passou a noite madrugada por lá, ...  Possivelmente beberam ....  Fizeram sexo, ....  Ele relaxou e adormeceu.  A garota abriu a porta, os parceiros dela ingressaram na casa.  Roubaram o que quiseram; inclusive ele tinha o hábito de guardar dinheiro em casa, ...  Bateram Nele e o deixaram em estado de coma e foram embora, ...




      No dia do sepultamento, na hora do funeral.  Foram vistos, rapazes pulando o muro da casa do meu irmão; talvez, os mesmos que o assassinaram.  Na época ninguém falou nada.  Mas, após alguns anos, nos veio algumas informações, ...  Contudo; tratava-se de pessoas de má índole e minhas irmães, todas, residiam na comunidade e não valia apenas, denunciá-los. Colocaríamos minhas irmães em risco, poderião ser assassinadas.




          Além de que, nada é e ou ocorre por acaso.  Tudo é uma providencia, segundo as Leis Divinas.  As Leis de Deus.  Nós aprontamos e aprontamos.  Mas, um dia a conta chega, para nós pagarmos.  Com meu irmão, não foi diferente.  Mesmo porque, todos somos iguais perante a Lei de Deus.




         Em algumas oportunidades, antes do evento da surra que levei deste meu irmão.  Eu falava para ele, sobre minhas crenças.  Da Doutrina Espírita.  Da reencarnação.  Que ninguém "morre", ...  Que a vida é eterna, ...  Tudo mais, ...  Pois bem.  Acredito que  um certo tempo, após o seu falecimento.  Ele foi lá para minha casa e ficou residindo comigo, ...  Pressenti isso.  Em determinado momento, período.  Minha esposa me falou que, havia sonhado com meu irmão e este, falou para ela, minha esposa que, "eu era relaxado, morava em uma casa simples, um barraco, ..."    Criticou a minha moradia.  É que eu comprei um terreno com um barraco e aguardava um melhor momento para construir minha casa; porém, invadiram meu barraco e tive que colocar o invasor  "para fora" e ocupar o barraco de forma imediata, sem construir a casa.   Foi quando, eu tive certeza que ele estava em minha companhia, "morando comigo".  O que aconteceu é que, quando nós dormimos, nos desligamos do corpo carnal, corpo físico, ...  O Espírito se despreende do corpo físico e vai ter com os seus, familiares, amigos, e locais ...  Da sua afinidade.  E eles se encontram e conversam sobre vários assuntos.  Ao acordar, algumas pessoas se lembram destes fatos, pensa que foi apenas um sonho; mas, realmente estiveram juntos ....  Os que estão vivos e os que já faleceram.  Isto é um fenômeno esclarecido pela Doutrina Espírita.




       Surpreso com a informação, que confirmava a presença dele em minha casa.  Eu falei para minha esposa que, talvez ele estivesse arrependido do que havia aprontado comigo.  Mas, não tinha o direito de reclamar das minhas condições de minha vida; pois, jamais me ajudou e ainda foi injusto comigo. Não cumprindo com a parte dele no que tange, a minha prestação jurídica.  Acredito que, a partir de então ele deu novo rumo a sua caminhada. Abandonando minha casa, minha companhia, ...




      Todos os santos e Divinos dias, peço a Deus por Ele, meu irmão, através das minhas preces, orações, habituais.  Não tenho mágoa, rancor, ódio, em razão do que ele me provocou ... Que Deus o tenha em um dos nossos hospitais espirituais, onde ele estará recebendo o tratamento mais adequado com suas necessidades.


          Os filhos dele, meu irmão,  herdaram um bom patrimônio. A esposa, herdou duas pensões.  Uma através da Fazenda Estadual e outra da Aeronáutica.  De alguma forma, meu trabalho jurídico ajudou aquelas criaturas, deixando todos equilibrados financeiramente, ....  Eu e meu amigo, se quer, recebemos um centavo, pelo nossos trabalho jurídico.  Feliz mesmo foi o meu amigo que, não levou "murros" na cara, ...  Jamais havia sido tão mal remunerado, após cumprir com minha prestação de serviços jurídicos.   Um trabalho jurídico perfeito.
 


         Esta história é verídica.  Aconteceu comigo (Edivaldo Valentin - advogado).  Narro aqui, nesta obra:  A história (vida) de cada um (pessoa).  Para que a sociedade do fato tome conhecimento.  E sirva de experiência, de exemplo, de como não se deve agir, para com aqueles que lhes prestou ajuda, auxílio humanitário.  Um bem feitor.  Que ajudou a mudar sua vida, para melhor, lhe deixando em uma situação financeira, por demais confortável.




      Meus honorários advocatícios, foram duas bofetadas no rosto.  Um corte no braço.  Uma sacada de arma, revolver contra mim, ... Caso eu reagisse.  E o constrangimento moral, na Noite de Natal.  Enquanto muitos estavam com seus familiares, se deliciando das suas iguarias alimentares, ...  Na minha casa pouco nós tínhamos a títulos de alimentos, ...  E eu, estava no corredor de um hospital, distante dos meus familiares, aguardando por um médico, para remendar, costurar meu braço, ...    Feliz Natal ..... !






               Edivaldo Valentin da Silva
              Advogado - Escritor - Prof. de Direito Penal e D. Processual Penal - Cristão Kardecista
              edivaldovalentin59@hotmail.com


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