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quarta-feira, 21 de junho de 2017

A VIDA (HISTÓRIA) DE CADA UM (PESSOA) ! (CASO VERDADE)





                Era um sábado de tarde fria; propicio para o aconchego do lar em família.  Assistíamos um programa de TV.  Eu, minha esposa e meu filho caçula.

                O celular tocou e fui atender.  De pronto reconheci a voz; mas não identifiquei a pessoa que me ligara.  Ela (pessoa) se identificou.  Tratava-se de um colega da política partidária.  Já havíamos participado de uma eleição juntos, no mesmo partido, recentemente. Concorrendo a uma vaga para Vereador do Recife.  O nobre e brilhante amigo, havia se "dado bem" na eleição em tela.

               Nos cumprimentamos e o colega um tanto aflito, de logo, me narrou um fato inédito, conforme se segue:

               Dr. Edivaldo boa tarde.  Tudo bem ?  Como o Senhor está ?

               Edivaldo - Olá amigo.  Estou bem e você, como está ?

               Dr. Edivaldo, estou precisando da sua ajuda.

               Edivaldo - Diga.  Se eu puder lhe ajudar !

               Dr. Edivaldo estou com um problema.  É que não estou conseguindo passar o meu cartão de crédito na maquininha e por este motivo,  me reteram aqui e não querem me liberar, ....

                Edivaldo - Mas, você fez compras em alguma loja, e está tendo problemas, em face do cartão de crédito não ter passado regularmente na maquininha, é isto ?

               Não Dr. Edivaldo.  Eu não estou em uma loja.  Eu estou em um motel com uma garota.  Terminou o meu tempo e quando eu fui passar o cartão de crédito, para pagar minha conta, minha despesa.  Tive problemas.  É que  a maquininha deu problema.  Não consegue registrar a despesa.  E por este motivo, o pessoal do Motel não me deixam ir embora e eu e minha garota estamos retidos e passando por constrangimentos. Liguei para o Senhor, para lhe pedir ajuda.

              Edivaldo - Meu amigo, procure o gerente e passe o seu celular para ele. Quero conversar com ele sobre este problema.

             O amigo desligou o celular e foi procurar o gerente.
             Aguardei o retorno.

             O celular voltou  a tocar, ........ Atendi o telefone.  Edivaldo  - Diga Amigo e aí, localizou o gerente do Motel ?

             Não Dr. Edivaldo.  O gerente não se encontra aqui no Motel. 
  
             Edivaldo - Mas, nenhuma empresa pode funcionar sem que não tenha, alguém responsável ´pela empresa.  O gerente pode até não se encontrar aí no Motel.  Mas, com certeza deixou alguém que o substitua, ...  Verifique alguma pessoa responsável.

           Tudo bem, vou verificar.  O telefone foi desligado.

           Após um certo tempo, o telefone voltou a tocar, ...  Eu atendi. 

            Edivaldo - E aí.  Localizou a pessoa responsável ?

            Não Dr. Edivaldo.  Não tem ninguém responsável.  E agora.  O que faço ?

            Edivaldo - Faça o seguinte:  Ligue para a polícia no nº 190.  Narre todos os fatos.  Tudo que ocorreu.  Tudo do mesmo jeito que você me contou.  Diga a polícia que você está refém. Esta retido.  Que quer ir embora, mas não pode.  O pessoal, os funcionários do Motel não deixam.  Diga que sou seu advogado e o orientei, para que buscasse o auxílio da polícia.  Pode conceder a Policia meu nome e o número da minha OAB-PE.  Fique a vontade.  Registre a queixa.  Ok ?  Ele  me ouviu e em seguida desligou o celular.

        Minha esposa a tudo assistia e ouvia, acompanhando aquela situação inusitada, ...   Eu a distância, tentando administrar e por fim  ao caso, com uma solução amigável.

       Passou-se uns dez minutos e ele me retornou.  Dr. Edivaldo ?    Edivaldo - Diga amigo. Prestou a queixa ?    Prestei sim. Estou aguardando a presença da polícia aqui no Motel.  Edivaldo - Tudo bem. Fique tranquilo.  Quando a polícia chegar, se for necessário, me ligue.  Ele mais uma vez, desligou o celular.

      Não passaram três minutos e o amigo me retorna.  Dr. Edivaldo ?  Sim amigo, diga.  É que estou aguardando a polícia, mas, ocorre que a garota conseguiu passar o cartão de crédito.  Está tudo bem agora.  A despesa foi paga.  E agora.  O que faço ?

      Edivaldo - Amigo.  Quando você prestou a queixa a polícia.  Teve o cuidado de anotar o número do protocolo da queixa ?   O amigo respondeu:  Sim Dr. Edivaldo.  Eu anotei o número do protocolo da queixa.

      Edivaldo  - Pois bem.  Volte a ligar para a polícia e informe que o problema narrado na queixa, sob protocolo de número tal, já foi resolvido.  Explique para a polícia de que, passaram o cartão de crédito e a maquininha voltou a funcionar de forma regular.  Pergunte sobre a necessidade de você aguardar a presença da policia no Motel ou se você está dispensado e pode se retirar do Motel.

    O amigo desligou o celular.  Fiquei no aguardo e ele não mais ligou, retornou, ....  Deu tudo certo.  A tarde daquele sábado continuou fria, ...  E nós, eu, meu amigo e minha esposa, vivenciamos uma experiência no mínimo estranha.

    Até aquele momento, jamais havia vivido uma experiência semelhante.  Na verdade, as pessoas, amigos, colegas, a parentela, sempre liga em busca de ajuda, de pareceres, de intervenções, ... 

    Meu telefone celular fica ligado vinte e quatro horas por dia, sempre. Recebo as mais diversas ligações, de pessoas buscando o meu auxílio.  Elas ligam pela manhã, pela tarde, pela noite e pela madrugada.  O advogado está sempre alerta, da mesma maneira como o médico, ...  Aguardando a qualquer momento ser chamado para intervir. 

    As vezes estou trabalhando.  Me alimentando. Orando. Me divertindo, ....  Dormindo.  E alguém me liga, em busca de ajuda, ...

            Edivaldo Valentin  - É advogado e Prof. de Direito Penal e Direito Processual Penal.


            Edivaldo Valentin

            edivaldovalentin59@hotmail.com

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